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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Isso é apenas uma história fictícia. Apenas para lembrar que existem várias formas de amar, e que todo amor é possível. Todo mundo é humano e com sentimentos, e todos existentes merecem respeito seja pela sua sexualidade, pela sua raça/cor ou até mesmo por ser homem ou mulher, todos termos escolhas de vida diferentes, mas não é nada legal desrespeitar o outro por isso. Enfim, fiquem com essa história como um símbolo disso. Escrita totalmente por mim. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 𝑪𝒂𝒊𝒅𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒂𝒎𝒐𝒓. É... Oi? Meu nome é Yasmin. Bom, essa história aqui era pra ser uma história feliz, se eu não tivesse morrido. digamos que hoje em dia nada é fácil acho que, principalmente pra pessoas que escolhem ser diferentes por não seguir "padrões" irritantes da sociedade e, eu escolhi ser diferente. As vezes temos sentimentos que não conseguimos compreender ou não sabemos lidar bem com eles por que sempre nos preocupamos com o que a sociedade ou os nossos familiares irão pensar sobre nós e por fim acabamos desistindo mas, eu não desistiria. Sabe aquela velha história do melhor amigo e a melhor amiga se apaixonam e nisso começam a namorar porque já sabem que vai dar certo? A minha história foi um pouco diferente. Eu me apaixonei pela minha melhor amiga e, como já sabemos não deu certo pra nós... Estávamos tendo um dia ensolarado no dia que descobri sobre os meus sentimentos, chamei ela pra sair pra tomarmos um sorvete e lógico que ela aceitou, estávamos em uma praça até que eu percebi o quanto me sentia bem perto daquela menina e de como ela fazia qualquer dia meu ir de cinza pra ensolarado só com um sorriso mas, a gente nunca fala de primeira né? Não foi minha escolha me apaixonar pela minha melhor amiga e eu costumava a achar isso um absurdo até procurar sobre o assunto e ver que não era só eu e que existiam mais milhares de pessoas que se sentiam como eu. Os primeiros dias foram difíceis de esconder os sentimentos, até quase beijei ela uma vez e morri de vergonha depois, não sabia onde iria enfiar a minha cara. Bom, tinham se passado uns 6 meses desde que tinha descoberto meus sentimentos e tinha me decretado em segredo membro da comunidade LGBTQ+ que pra você que não vive no mundo de hoje em dia, é significado das pessoas que gostam do mesmo gênero que elas pertencem ou, até mesmo dos dois gêneros. Tinham se passado mais uns dias e eu finalmente resolvi contar pra Luiza (minha melhor amiga). Chamei ela no whatsapp para podermos sair pra um parque qualquer da cidade e ficarmos andando conversando as mesmas besteiras de sempre, sobre fofocas de pessoas que conhecemos ou sobre qualquer coisa que queremos que aconteça no nosso futuro. Nós duas estávamos andando na praça com poucas pessoas, na verdade quase deserta quando eu decido finalmente falar: - Lu, eu preciso te contar um negócio... -* Pode falar Yas. - Eu gosto de você. -* Ué, eu também gosto de você maluca. - Não desse jeito, do outro jeito... -* Espera, você quer dizer que gosta tipo, gosta de mim? - A minha vida toda sempre gostei de você, literalmente a minha vida toda - suspiro - Nunca consegui gostar de mais ninguém a não ser você, era sempre você, nos meus pensamentos, redes sociais, escola e etc. -* Olha, fiquei imaginando que meus sentimentos não seriam correspondidos nunca. - Eu sei que você deve achar isso estra... Espera, você gosta de mim? Tipo, igual eu gosto de você? - pergunto surpreendida -. -* Sim sua boba, percebi isso recentemente, por isso terminei com o Rafael, porque não podia simplesmente continuar fingindo meus sentimentos por ele. Bom, aí vocês sabem o que aconteceu né? Conversa vai, conversa vem e nos decidimos que iríamos ter um relacionamento escondido, não dos meus pais até porquê, eles eram contra a homofobia, mas sim dos pais dela que não aceitavam nenhum pouco. Acho que o melhor de nós termos aumentado a relação foi finalmente não ter mais nada guardado dentro de mim, nossa isso era uma sensação tão boa. Os meses se passaram, nos estávamos mais inseparáveis do que nunca, minha mãe e meu pai estavam orgulhos de nós por expressarem nossos verdadeiros sentimentos, os quais eles dizem que já tinham certeza que existiam né, sendo que nem a Luiza tinha certeza disso ai ai. Já estávamos a uns 6 meses juntas quando decidimos contar pros pais dela, não exatamente pros dois, somente pro pai dela que descobrimos recentemente que não era homofóbico porque realmente ele teve uma adolescência daquelas: -* É, pai? A gente pode falar com o senhor? - Luiza falava com esperança de que seu pai fosse nos entender -. Pra poupar o tempo de vocês, conversamos por horas e até que o pai dela nos apoiou só que não sabíamos que a mãe dela podia estar em casa e ouvir tudo. Nós demoramos dias pra saber que ela havia escutado porque passou a me ignorar totalmente em todas as visitas que fazia em sua casa mas, não imaginávamos que algum dia ela faria o que fez... Era final de outubro quando decidi que eu iria conversar com a mãe de Luiza sozinha, para tentar resolver as coisas, estávamos no final das aulas e eu não queria continuar a esconder sobre o meu relacionamento com a Luiza de todo mundo, bom, de uma certa forma, a mãe dela sabia, mas soube de uma maneira errada. Chego na casa tocando a campainha e espero uma resposta, só que nada, ficava me perguntando se eles estavam ali ou se somente estavam me ignorando até que escutei um grito e um barulho parecendo um tiro de alguma arma, entrei correndo procurando alguém em todos os cômodos e nada, até lembrar do quarto de Luiza e subir pro andar de cima o mais rápido possível, e fiquei assustada com a cena que vi, o pai da Luiza estava sangrando no chão, a mãe estava com uma arma na mão apontando pra Luiza e na hora que ela puxou o gatilho eu só sei que entrei na frente o mais rápido possível para que não acertasse Luiza, e eu senti que fiz a coisa certa, salvei a vida da pessoa que mais amo mesmo que isso significaria perder a minha, e devo dizer, o tiro foi bem certeiro, eu não sei qual seria a reação de vocês ao ver duas pessoas que você ama morrerem na sua frente no mesmo dia, Luiza gritou o mais alto possível pra tentar se livrar da dor que estava sentindo. Alguns minutos se passaram carros de polícia chegaram, ambulâncias e pessoas da vizinhança curiosas com o que tinha acontecido coma família mais "perfeita" do bairro todo, eu, como vocês sabem, não sobrevivi, o pai de Luiza conseguiu viver porque o tiro não foi em uma área tão grave quanto a minha, mas vocês imaginam? Minha mãe perdeu a filha ainda jovem, por causa de um preconceito, meu pai? não iria conseguir ver minha formatura como sempre sonhou, porque tiraram isso dele como se não tivesse o mínimo de importância. Acho que o final não preciso contar pra vocês porque deve ser meio óbvio, a mãe de Luiza foi presa, o pai dela em recuperação no hospital, ela e minha família entrando em uma depressão por me perder tão cedo assim de suas vidas que agora pareciam ser inúteis e sem sentido, mas eu sabia que não seriam assim. Eles foram ao enterro e voltaram pra casa para poderem chorar em suas casas como um refúgio em que ninguém veria o que eles estavam passando. Isso é uma prova, de que nem toda história tem um final feliz, porque infelizmente não vivemos em um conto de fadas mas olha, se isso fosse possível, o mundo não teria graça nenhuma não é mesmo? só iriá nos ajudar a acabar com os problemas do mundo, mas não com os nosso próprios problemas. 𝓕𝓲𝓶