É irônico pensar que se estivermos com muita sede e sem acesso à água doce estando em uma embarcação, poderíamos simplesmente morrer, mesmo estando rodeado por infinitos litros de água - isso porque ao tomar água salgada, acelera o processo de nossa morte. Mas e se toda a água dos oceanos fossem doce ao invés de salgada? Com um futuro próximo, onde quase não haverá água potável, um cientista teve uma ideia de transformar toda a água do mar em água doce. A ideia foi a criação de um a gente que precipitasse o sal, de modo que ele fosse depositado no fundo do oceano. Parece ser uma ideia genial, mas as consequências não seriam nada animadoras. Confira: ERA GLACIAL OU "INFERNAL"? Praticamente todos sabemos que ao adicionarmos sal de cozinha (cloreto de sódio, em sua maioria) ao gelo, acabamos derretendo o mesmo. É exatamente essa a função do sal, evitar que o oceano congele e outros fatores. Remova todo o sal dos oceanos e o resultado final é algo próximo ao estilo do filme “um dia depois de amanhã”. Porém, isso leva a crer que, em um mundo de água doce, o Saara seria mais úmido e possivelmente teria mais plantas e animais. Por outro lado, o sol é responsável por aquecer a Terra, principalmente pela região do Equador. São os ventos e as correntes marítimas que distribuem o calor para os pólos – e o frio para o Equador. A corrente do Golfo (quente), por exemplo, garante que a Inglaterra não seja um bloco de gelo. Com as correntes mais fracas, as zonas quentes seriam bem mais quentes, sendo assim, a superfície começaria a bater novos recordes de temperaturas altas de forma rápida. A Amazônia, por exemplo, não sobreviveria ao aumento da temperatura no Equador, e viraria um deserto. Furacões crescem conforme usam o calor da superfície do oceano, com uma fonte de combustível maior, seríamos varridos por tempestades monstruosas e muito mais frequentes. O que se viu durante o furacão Katrina seria algo, digamos, corriqueiro. “O clima geral da Terra ficaria mais frio e seco”, diz a pesquisadora Leila de Carvalho, do Instituto de Astronomia e Geofísica da USP. Isso porque o gelo reflete diretamente a radiação solar – e a Terra é aquecida pelos raios absorvidos pelo solo e pela água. EXTINÇÃO EM MASSA Todos os peixeis que vivem no mar seriam extinto, não estamos falando só de alguns peixes de água salgada, estamos falando de cada última criatura viva no oceano, incluindo os que vivem nas profundezas e ainda nem conhecemos. No entanto, não afetaria somente a vida marinha, pelo fato do colapso global no sistema agrícola por conta dos desastres naturais e falta de chuva, a população ficaria sem alimento rapidamente. SUFOCAMENTO Muito do oxigênio que respiramos vem dos mares. Com a morte das algas marinhas e planctons, só teríamos as florestas como principais fontes de oxigênio. Como já foi dito anteriormente, florestas congelariam, algumas virariam desertos e outras seriam devastadas por tempestades e furacões, logo, teríamos um outro grande princípio de extinção da vida humana em massa por sufocamento. Além é claro, haveria o aumento gradativo e assustador do gás carbônico na atmosfera. Agora, se os oceanos fossem de água doce desde sua existência, não daria para saber com exatidão como seria. Muito provavelmente a vida seria tão diferente, que nós nem existiríamos. Fonte: 1 e 2.